sexta-feira, 22 de julho de 2011

O Destino do Lixo. Vale a pena ler...ENEM 2011 e todos os demais ENEMs

O destino do lixo

A quantidade de lixo produzida no Brasil está próxima ao que se produz nos países ricos europeus, 1 kilograma por pessoa ao dia. Para ter dimensão do isso significa basta fazer uma conta simples: somos 190 milhões de habitantes, logo produzimos 190 mil toneladas de lixo ao dia. É muito lixo mesmo, e vc , meu caro leitor, já para pensar sobre o tamanho desse problema? Por ano são 69 milhões e 350 mil toneladas de lixo daria para encher quase 70 estádios Macaracanãs. Infelizmente, metade desse lixo é descartado a céu aberto, o resto vai para aterro, uma solução comum porém cara e pouco eficiente.
Esquema de um aterro controlado
No Brasil a maioria dos aterros está perto do seu limite de utilização e logo não poderá receber mais lixo. Só na cidade de São Paulo 16 aterros já foram desativados. Bandeirantes, o maior deles funcionou por 30 anos recebeu, inacreditáveis, 36 milhões e ainda tem capacidade de receber quantidade adicional de lixo, mas há necessidade de estudos complementares segundo estudos realizados por engenheiros sanitários. O que parecia ser uma montanha de problemas passou a ser fonte de energia. É isso mesmo , fonte de energia!
 Uma usina termoelétrica foi construída, com autorização da prefeitura e recursos da iniciativa privada e hoje produz energia elétrica para uma cidade com 400 mil habitantes. É uma energia limpa que antes era desperdiçada para a atmosfera emanando gás metano que é um dos gases responsáveis pelo aquecimento global. A empresa ampliou a atividade para uma segunda unidade de produção de energia elétrica em outro aterro sanitário na zona leste da capital paulista. Os técnicos afirmar que o procedimento deve ser estudado desde o início da instalação do aterro sanitário para que haja melhor aproveitamento do gás produzido e se faça um maior aproveitamento com maior produção de energia elétrica.
Usina Termoelétrica
Os aterros sanitários de São Paulo são, infelizmente, os únicos do país que aproveita o gás metano procedente da decomposição da matéria orgânica para a produção de energia elétrica. Em cada aterro foram investidos 80 milhões de reais e além de produzir energia limpa eles geram crédito de carbono para a prefeitura de São Paulo e para os investidores. A rentabilidade de 15% ao ano levou o negócio levou o negócio ainda mais longe. O famoso aterro Gramacho (Jardim Gramacho), no Rio de Janeiro, logo deve receber uma usina termoelétrica. Segundo, uma dos investidores, “hoje buscasse novas formas de geração de energia a partir dos resíduos urbano. O resíduo orgânico é um importante fonte de energia e não pode simplesmente ir para o lixo. E os aterros já existentes, o aproveitamento do biogás ali existente é viável e muito rentável, completa.”
Jardim Gramacho.
Mas não basta o empresário do lixo fazer a sua parte, o governo federal necessita criar leis que dêem condições para o setor sendo necessário haver mais investimentos no parque industrial reciclador. De acordo com os empresário do lixo há muito o que investir, mas o governo precisa ajudar, afirma um dos representantes das empresas de reciclagem. Um das medidas já tomadas foi a redução de impostos. Estudos feitos pelo IPEA mostra que as oportunidades da reciclagem do lixo pode chegar a casa dos 8 bilhões só na questão das embalagens para a reciclagem. Hoje são gerados 3 bilhões de reais anuais por conta das embalagens e estão sendo desperdiçados 5 bilhões de reais.
Triturar entulho, reciclar lixo eletrônico, extrair energia de aterros são enormes as possibilidades. Segundo os empresários do lixo, a proposta é fazer negócio com sustentabilidade e fazer da sustentabilidade um negócio. Vamos pensar nisso.... (por Edson Luiz de Oliveira transcrição do vídeo http://terratv.terra.com.br/Noticias/Brasil/4194-373211/SP-e-o-unico-Estado-que-transforma-metano-em-eletricidade.htm)

Saiba que..
Aterro Sanitário
A ABNT (1984) - Associação Brasileira de Normas Técnicas apresenta a seguinte definição: “Técnica de disposição de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) no solo, sem causar danos à saúde pública e sua segurança, minimizando os impactos ambientais, método este que utiliza princípios de engenharia para confinar os RS a menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho, ou a intervalos menores se for necessário”. Esta técnica minimiza a proliferação de micro e macro vetores, diminuindo os riscos de contaminação direta, além de permitir o controle efetivo da poluição do ar, fumaça e odores, reduzir os riscos de incêndio, poluição das águas superficiais e subterrâneas e ainda da poluição estética.
Aterro Controlado
A diferença básica entre um aterro sanitário e um aterro controlado é que este último prescinde da coleta e tratamento do chorume, assim como da drenagem e queima do biogás. No mais, o aterro controlado deve ser construído e operado exatamente como um aterro sanitário. Normalmente, um aterro controlado é utilizado para cidades que coletem até 50 toneladas/dia de resíduos urbanos, sendo desaconselhável para cidades maiores. Diversos estudiosos concluem que aterro controlado é um lixão melhorado, portanto, longe de ser a alternativa correta, que é um aterro sanitário.
Lixão
Forma ambientalmente inadequada de disposição de resíduos sólidos no solo, acarretando problemas à saúde pública e um impacto ambiental de dimensão incalculável.

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