terça-feira, 5 de julho de 2011

Estratégias para uma vacina contra a Malária

          Bem meus caros leitores hoje vou falar um pouco sobre estratégias que possam conter um dos parasitas mais letais do mundo. Segundo a OMS há cerca de 240 mulhões de pessoas infectadas pelo plasmódio no mundo e milhares de vidas são ceifatas anualmente pela ação desse parasita no organismo humano.
          Para entendermos as estratégias possíveis da gênese de uma vacina é necessária em primeiro lugar que façamos uma breve descrição do cilo de vida do parasita tanto nos hospedeiro vertebrado (humano) quanto no hospedeiro invertebrado (mosquito Anopheles- fêmea). Nota-se que o parasita é digenético pois apresenta dois hospedeiros nos quais ocorre a fase assexuada e sexuada do ciclo de vida do parasita. Inicialmente, quando o mosquito se alimenta do sangue humano, transmite por meio da salina forma do parasita chamadas esporozoítas que estando na corrente sanguinea direcionam-se para o fígado. No fígado, mais ptrecisamente nos hepatócitos, os esporozoítas invadem esse tipo celular  que por meio de reprodução assexuada por esquizogonia originam merozoitos. Os merozoítos liberados das células do fígado reinfectam células hepáticas ou se direcionam para os glóbulos vermelhos invadindos multiplicando e originando novos merozoítas que por final são liberados quando da ruptura dos glóbulos vermelhos. Os sintomas nessa fase incluem febre alta, calafrio e anemia progressiva. O ciclo repete-se a cada 48 a 72 horas dependendo da espécie de plasmódio que infecta o humano. Alguns merozoítos se desenvolvem em gametócitos que são ingeridos pelo mosquito anofelino quando este faz seu repasto sanguineo. No trato digestório do mosquito ocorre a reprodução sexuada pela união dos gametócitos e formação do oocisto que após a divisão por esporogonia origina esporozoítos que se instalam na glandula salivar do inseto vetor.
Ciclo de Vida do Parasita causador da Malária.
          As estratégias para uma vacina incluem 3 frentes distintas: 1. Bloqueando a transmissão 2. vacina obtida de mosquitos 3. Aperfeiçoamento de uma vacina tradicional.
           Na primeira estratégia se aplicada em uma pessoa , a vacina deflagaria a produção de anticorpos. Esses anticorpos passariam para o intestino do mosquito, impedindo a interação do parasita com uma enzima necessária à sua sobrevivência. Quando o mosquito picasse outra pessoa não haveria parasitas a serem transmitidos.


          Na segunda estratégia os cientistas fazem a cultura de parasitas geneticamente modificados ou irradiados presentes no trato digestório do mosquito. Esses parasitas são extraídos e uma vacina com fragmentos do parasita é injetada em humanos anteriormente não infectados, induzindo uma resposta imunológica que proteja o indivíduo de futuras infecções.
          Na terceira estratégias , proteínas da superfície dos esporozoítas são isoladas e incorporadas a um arcabouço químico, uma membrana sintética por exemplo. Esse arcabouço em conjunto com um adjuvante, substãncia que acelera a resposta imune, são então inuculados em crianças anteriormente não infectadas. Essa vacina deflagraria a resposta imunológica que protegeria a pessoa de futuras infecções. Nova dose seria empregada para ampliar a produção de anticorpos e também a ação celular com objetivo de eliminar o parasita.




















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