segunda-feira, 18 de junho de 2012

Mapa do Desmatamento segundo IBGE

O primeiro lugar disparado é a Mata Atlântica, seguido dos Campos, Cerrado e Caatingas, todos esses perderam no mínimo a metade da cobertura florestal original.
Os da...dos são do IBGE baseados em imagens do INPE. Porém eles consideram até os pequenos fragmentos de floresta com menos de 100 hectares, o que torna os dados razoavelmente diferente dos indicies anteriores que só consideravam a partir de fragmentos maiores que 100 hectares.

Os indicadores revelam que estão preservados apenas 12% da área original da Mata Atlântica, o bioma mais devastado do país. De 1,8 milhão km², sobraram 149,7 mil km². A área desmatada chega a 1,13 milhão km² (88% do original) - quase o Estado do Pará e mais que toda a região Sudeste. Os dados se referem ao ano de 2010. A maioria dos dados anteriores obtidos com base nas análises de imagens do INPE constavam que a Mata Atlântica estava reduzida a 7,9% de sua área original, mais isso é se considerarmos os remanescentes florestais com fragmentos acima de 100 hectares, que são representativos para a conservação da biodiversidade.
Depois da Mata Atlântica, o Pampa gaúcho é o mais desmatado: perdeu 54% de sua área original, de 177,7 mil km² até 2009.
A devastação do Cerrado, segundo maior bioma do País, chegou a 49,1% em 2010. Na edição anterior dos IDS, divulgada há dois anos, o IBGE havia apontado devastação de 48,37% do Cerrado. Em dois anos, foram desmatados 52,3 mil km² - quase o Estado do Rio Grande do Norte.
A caatinga perdeu 45,6% de seus 826,4 mil km² originais. O Pantanal é o menor e mais preservado bioma: perdeu 15% da área total de 150,4 mil km². As informações referem-se a 2009.
O IBGE apresentou os índices de desmatamento de todos os biomas extra-amazônicos, já que a Amazônia tem um monitoramento específico, mais antigo e mais detalhado.
Biomas são territórios com ecossistemas homogêneos em relação à vegetação, ao solo, ao clima, à fauna e à flora. O Brasil é dividido em seis biomas. A pesquisa do IBGE chama atenção para o fato de que o desmatamento, além dos danos ao solo, aos recursos hídricos e às espécies de fauna e flora, aumenta as emissões de gás carbônico na atmosfera.
Na Amazônia, a devastação se intensificou na década de 1970, quando o governo estimulou a ocupação da Região Norte, incentivando a população de outras localidades a desbravar a floresta. Assim, estradas foram abertas para facilitar o acesso. Adriana Ramos, coordenadora do Instituto Socioambiental, afirma que 75% da degradação ambiental ocorreu numa faixa de 100 quilômetros de largura ao longo das rodovias.

Já o cerrado tem na cultura de soja a principal causa de seu desaparecimento. A organização não-governamental Conservação Internacional estima que o Brasil pode perder essa formação vegetal até 2030 se o modelo de desenvolvimento do país for mantido. Mato Grosso concentra a maior área plantada. "A falta da mata original e o uso de agrotóxicos agridem os afluentes do Rio Amazonas que nascem ali, afetando a quantidade e a qualidade das águas", avisa o biólogo Mário Barroso, gerente da entidade.
A Mata Atlântica, por sua vez, foi deteriorada pelos procedimentos usados na extração do ouro no início da colonização e, posteriormente, substituída por plantações de cana-de-açúcar e de café. Hoje a preocupação é a expansão urbana, especialmente na costa do Sudeste. Sem fiscalização, as áreas são preenchidas por propriedades irregulares, o que causa excesso de lixo, poluição dos mananciais, falta de água e exclusão social.

"O monitoramento dos biomas brasileiros torna-se indispensável não só para sua preservação como para qualquer tipo de intervenção ou lei que pretenda regular o uso dos recursos naturais no Brasil. A partir dos levantamentos de desmatamentos e áreas remanescentes, o Brasil saberá onde estão as áreas que precisam ser recuperadas e as que poderão servir às atividades econômicas, sem abertura de novas áreas", diz o estudo.
Por ser o bioma mais devastado, a Mata Atlântica também tem o maior número de espécies da fauna extintas ou ameaçadas de extinção: cerca de 260. No total, o IBGE apontou nove espécies extintas, 122 espécies criticamente em perigo, 166 em perigo e 330 vulneráveis.
Amazônia legal
Embora o ritmo de desmatamento da Amazônia Legal (área de 5,2 milhões de km², que vai além do bioma Amazônia e inclui uma parte do Cerrado) venha diminuindo ano a ano desde 2008, a perda de vegetação original chegou a 14,83% em 2011, segundo estimativa divulgada na IDS 2012, do IBGE. Na pesquisa anterior, o índice estava em 14,6% em 2009. Em 1991, a devastação total da Amazônia Legal era de 8,38%. Entre 2009 e 2011, a área desmatada passou de 741,6 mil para 754,8 mil km². São 13,2 mil km² _ mais que a cidade de Manaus _ em vegetação nativa perdida.

Fontes pesquisadas: Revista Exame e Revista Nova escola.

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