BLOG DO PROFESSOR EDSON OLIVEIRA DESTINADO AO ESTUDO DOS TEMAS DE BIOLOGIA MAIS FREQUENTES NO ENEM e NOS EXAMES DE VESTIBULARES MAIS CONCORRIDOS DAS GRANDES INSTITUIÇÕES DE ENSINO
segunda-feira, 30 de abril de 2012
quarta-feira, 25 de abril de 2012
segunda-feira, 23 de abril de 2012
quarta-feira, 18 de abril de 2012
DICAS DE ATUALIDADES:E SE O PETRÓLEO EM RESERVAS CONHECIDAS ACABAR?
Material pertencente ao Professor de Geografia - Marcos Lupi -Ícone em Geografia do Ceará e o maior conhecedor dos parâmetros do ENEM>
Considerados as areias e xistos betuminosos, as reservas de petróleo mundiais, convencional e não convencional, mais do que dobrariam, o que nos níveis atuais de consumo garante o prolongamento da era do petróleo até o século 22, pelo menos.
Em termos simples, petróleo e gás "não-convencionais" são recursos até então considerados muito difíceis ou muito caros de se explorar utilizando métodos tradicionais.
O petróleo não convencional - isto é, o "heavy oil" (ou petróleo pesado), o petróleo polar (a cima do ciclo polar Árctico), o petróleo do " deep ocean offshore" (oceano profundo), as areias betuminosas e os xistos asfálticos - é ou de qualidade inferior, sendo de extracção e refinação mais dispendiosa (caso do petróleo pesado da bacia do Orinoco ou das areis betuminosas de Athabasca), ou de elevado custo de extracção (custo não só económico mas energético também). O petróleo polar implica impactos ambientais em zonas sensíveis e mesmo protegidas, e também investimentos intensivos, sobretudo associados ao transporte para os centros consumidores. O petróleo do oceano profundo (a mais de 500 metro de profundidade) apresenta condições geológicas complexas e ambientais rigorosas, mais elevado risco de investimento e agravado custo de extracção. O aproveitamento das areias betuminosas implica impactos ambientais pesados, custos económicos e energéticos elevados, tais que as eventuais reservas produtíveis serão muito inferiores aos recursos existentes na crusta
Situação mais problemática ainda é a dos xistos betuminosos. Todavia a "propaganda" anestesiante procura fazer passar a ideia de recursos fabulosos à superfície da Terra. Uma fantasia, como oferecer a Lua. A referência cada vez mais frequente a esses "novos" recursos de petróleo não convencional é ela mesma a mais clara confissão de que o petróleo "barato", o petróleo convencional, está a aproximar-se dos seus limites.
Os recursos de petróleo não convencional são comparáveis com os de petróleo convencional; mas a fracção convertível em reservas exploráveis ascende, nas hipóteses optimistas, a não mais que 20% desses recursos. E a custos técnicos, económicos e ambientais substancialmente mais elevados, de todo não comparáveis aos custos do petróleo do Golfo Pérsico .... A somar a estes custos, o desenvolvimento de tais reservas exigirão períodos de tempo dilatados; ora investimentos pesados a longo prazo é qualquer coisa que não cabe no quadro da actual organização económica; o que não exclui a possibilidade de um ou outro conglomerado petrolífero o vir a fazer, na perspectiva de retorno à custa da extrema escassez futura. Mas não haja dúvida, embora possa haver uma fronteira difusa entre petróleo convencional e não convencional, acabado o primeiro, a economia do segundo será substancialmente diferente, e o custo de energia será muito superior.
Em termos simples, petróleo e gás "não-convencionais" são recursos até então considerados muito difíceis ou muito caros de se explorar utilizando métodos tradicionais.
O petróleo não convencional - isto é, o "heavy oil" (ou petróleo pesado), o petróleo polar (a cima do ciclo polar Árctico), o petróleo do " deep ocean offshore" (oceano profundo), as areias betuminosas e os xistos asfálticos - é ou de qualidade inferior, sendo de extracção e refinação mais dispendiosa (caso do petróleo pesado da bacia do Orinoco ou das areis betuminosas de Athabasca), ou de elevado custo de extracção (custo não só económico mas energético também). O petróleo polar implica impactos ambientais em zonas sensíveis e mesmo protegidas, e também investimentos intensivos, sobretudo associados ao transporte para os centros consumidores. O petróleo do oceano profundo (a mais de 500 metro de profundidade) apresenta condições geológicas complexas e ambientais rigorosas, mais elevado risco de investimento e agravado custo de extracção. O aproveitamento das areias betuminosas implica impactos ambientais pesados, custos económicos e energéticos elevados, tais que as eventuais reservas produtíveis serão muito inferiores aos recursos existentes na crusta
Situação mais problemática ainda é a dos xistos betuminosos. Todavia a "propaganda" anestesiante procura fazer passar a ideia de recursos fabulosos à superfície da Terra. Uma fantasia, como oferecer a Lua. A referência cada vez mais frequente a esses "novos" recursos de petróleo não convencional é ela mesma a mais clara confissão de que o petróleo "barato", o petróleo convencional, está a aproximar-se dos seus limites.
Os recursos de petróleo não convencional são comparáveis com os de petróleo convencional; mas a fracção convertível em reservas exploráveis ascende, nas hipóteses optimistas, a não mais que 20% desses recursos. E a custos técnicos, económicos e ambientais substancialmente mais elevados, de todo não comparáveis aos custos do petróleo do Golfo Pérsico .... A somar a estes custos, o desenvolvimento de tais reservas exigirão períodos de tempo dilatados; ora investimentos pesados a longo prazo é qualquer coisa que não cabe no quadro da actual organização económica; o que não exclui a possibilidade de um ou outro conglomerado petrolífero o vir a fazer, na perspectiva de retorno à custa da extrema escassez futura. Mas não haja dúvida, embora possa haver uma fronteira difusa entre petróleo convencional e não convencional, acabado o primeiro, a economia do segundo será substancialmente diferente, e o custo de energia será muito superior.
terça-feira, 17 de abril de 2012
Dicas de Atualidades
S
A Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, batizada de Rio+20, marca os 20 anos da Eco-92, a cúpula sobre meio ambiente realizada no Rio de Janeiro em 1992. Faz parte do ciclo de conferências ambientais da ONU, que teve início em 1972, em Estocolmo, Suécia.
A Rio+20 reunirá, mais uma vez, chefes de Estado e de governo e entidades da sociedade civil (ONGs, universidades, institutos) para revisitar os principais temas, protocolos, convenções e recomendações que resultaram da Eco-92. Entre eles estão a Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento; a Agenda 21; e as convenções-quadro sobre Mudanças Climáticas, Biodiversidade e Combate à Desertificação.
Além dessas questões, que voltam a ser debatidas, dois temas centrais foram selecionados para nortear as discussões na Rio + 20. O principal deles é a transição para a chamada economia verde, que propõe a adoção de um novo sistema produtivo, com base na baixa emissão de gases de efeito estufa, na eficiência no uso dos recursos naturais e na inclusão social.
O segundo tema central é a governança global que levará ao desenvolvimento sustentável, ou seja: como os países vão se organizar, em termos de leis, acordos e protocolos, para colocar esse novo modelo socioeconômico em prática.
Outros assuntos que terão espaço na conferência são: energia; alimentação e agricultura; emprego e inclusão; cidades sustentáveis; água; oceanos e desastres naturais.
É esperado dessa reunião, porém, mais do que um balanço da Eco-92. O resultado final deve ser condensado em um documento de cunho político onde todos os países se comprometam a fazer as transformações necessárias rumo à economia verde.
SUGESTÃO DE LEITURA PARA COMPREENDER O MAIS IMPORTANTE EVENTO DO ANO NO BRASIL - A RIO + 20: http://www1.folha.uol.com.br/ especial/2012/rio20/
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Brilho de fungos tem mecanismo unificado
Brilho de fungos tem mecanismo unificado
Químicos revelam sistema enzimático que produz luminescência em linhagens distintas
ver Pesquisa FAPESP nº 168). Mesmo em ramos muito distantes da árvore genealógica desses organismos, a luminosidade tem uma única origem química: a quebra da mesma substância luciferina pela enzima luciferase, segundo acaba de mostrar o grupo do químico Cassius Stevani, da Universidade de São Paulo (USP) em artigo que será a capa da edição de maio da Photochemical & Photobiological Sciences.
O resultado é inesperado porque são apenas 71 espécies de fungos bioluminescentes em meio a quase 100 mil descritas. E com parentesco muitas vezes distante, distribuídas em quatro linhagens que divergiram no início da evolução desse grupo. Sendo a emissão de brilho uma característica rara, seria de se esperar que cada um dos casos tivesse surgido de forma independente. “É uma questão interessante do ponto de vista evolutivo”, resume Stevani.
Em termos químicos, foi um avanço recente – também pelo grupo da USP, em 2009 – provar que a bioluminescência dos fungos tem natureza enzimática, hipótese que andava desacreditada. Funciona, portanto, como o pisca-pisca dos vaga-lumes, por um sistema de luciferina e luciferase. Só que esses nomes são usados de maneira genérica: luciferina é qualquer substância que, quebrada por uma enzima específica, emite luz. Mas a luciferina dos insetos, por exemplo, é completamente diferente daquela dos fungos.
Para verificar se a substância é a mesma entre uma espécie e outra, a equipe de Stevani emprega, inicialmente, uma estratégia mais simples do que determinar a estrutura das moléculas. “Fazemos um extrato do fungo a frio, que contém a enzima, e outro a quente, onde fica o substrato”, explica. Anderson Oliveira, à época seu aluno de doutorado, levou esses extratos para a Califórnia, onde os analisou junto com os de espécies norte-americanas, no laboratório de Dennis Desjardin, da Universidade Estadual de San Francisco. Ao combinar o extrato frio e o quente num frasco em laboratório, um aparelho especializado consegue medir a emissão de luz, mesmo que se misture – e essa foi a grande descoberta – a luciferina de uma espécie à luciferase de outra. “Todas as combinações entre fungos diferentes geraram luz”, comemora Stevani.
Exceto quando entraram na combinação três espécies não bioluminescentes, sugerindo que a luciferina e a luciferase típicas dos fungos luminosos não estão presentes nelas. No que diz respeito à evolução, o resultado indica que o mecanismo enzimático emissor de brilho apareceu no início da diversificação dos fungos, e depois se perdeu em boa parte das espécies. “Deve ter surgido para lidar com a crescente emissão de oxigênio pelas plantas, uma forma de combate ao o estresse oxidativo”, propõe o químico. Para entender melhor o mecanismo e sua evolução, o grupo agora trabalha em descobrir a estrutura das proteínas envolvidas, assim como os genes que indicam a sua produção.
No mundo dos cogumelos também há vaga-lumes. São os fungos bioluminescentes, que no escuro emitem um brilho verde (O resultado é inesperado porque são apenas 71 espécies de fungos bioluminescentes em meio a quase 100 mil descritas. E com parentesco muitas vezes distante, distribuídas em quatro linhagens que divergiram no início da evolução desse grupo. Sendo a emissão de brilho uma característica rara, seria de se esperar que cada um dos casos tivesse surgido de forma independente. “É uma questão interessante do ponto de vista evolutivo”, resume Stevani.
Em termos químicos, foi um avanço recente – também pelo grupo da USP, em 2009 – provar que a bioluminescência dos fungos tem natureza enzimática, hipótese que andava desacreditada. Funciona, portanto, como o pisca-pisca dos vaga-lumes, por um sistema de luciferina e luciferase. Só que esses nomes são usados de maneira genérica: luciferina é qualquer substância que, quebrada por uma enzima específica, emite luz. Mas a luciferina dos insetos, por exemplo, é completamente diferente daquela dos fungos.
Para verificar se a substância é a mesma entre uma espécie e outra, a equipe de Stevani emprega, inicialmente, uma estratégia mais simples do que determinar a estrutura das moléculas. “Fazemos um extrato do fungo a frio, que contém a enzima, e outro a quente, onde fica o substrato”, explica. Anderson Oliveira, à época seu aluno de doutorado, levou esses extratos para a Califórnia, onde os analisou junto com os de espécies norte-americanas, no laboratório de Dennis Desjardin, da Universidade Estadual de San Francisco. Ao combinar o extrato frio e o quente num frasco em laboratório, um aparelho especializado consegue medir a emissão de luz, mesmo que se misture – e essa foi a grande descoberta – a luciferina de uma espécie à luciferase de outra. “Todas as combinações entre fungos diferentes geraram luz”, comemora Stevani.
Exceto quando entraram na combinação três espécies não bioluminescentes, sugerindo que a luciferina e a luciferase típicas dos fungos luminosos não estão presentes nelas. No que diz respeito à evolução, o resultado indica que o mecanismo enzimático emissor de brilho apareceu no início da diversificação dos fungos, e depois se perdeu em boa parte das espécies. “Deve ter surgido para lidar com a crescente emissão de oxigênio pelas plantas, uma forma de combate ao o estresse oxidativo”, propõe o químico. Para entender melhor o mecanismo e sua evolução, o grupo agora trabalha em descobrir a estrutura das proteínas envolvidas, assim como os genes que indicam a sua produção.
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